Zootecnia Tropical > Sumario de la Colección > Volumen 20

Zootecnia Trop., 20(2): 235-246. 2002

Seleção de abelhas africanizadas para produção de própolis

Antonio J. Manrique1* y Ademilson E. Egea S.2

1 Instituto Nacional de Investigación Agrícolas (INIA).
Centro de Investigaciones Agrícolas del estado Lara, Barquisimeto, Venezuela.
*
Correo electrónico: tonyman77@terra.com.ve

2.Departamento de Genética, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo,
cep: 14049-900, Ribeirão Preto, Brasil. Correo electrónico: aesoares@fmrp.usp.br

Recibido: 06/12/01 Aceptado: 07/2/02


RESUMO

Algumas colônias de abelhas Apis mellifera produzem mais própolis que outras, e esta característica pode ter controle genético. Esta possibilidade foi estudada em experimentos de abril de a julho de 1998, em três localidades: apiário na usina Bonfim, no município Guariba; apiário em Pradópolis, no município Pradópolis e na Fazenda América, no município Luiz Antônio no Estado de São Paulo, Brasil. Os objetivos foram: verificar a influência do tamanho população sobre a produção da própolis e iniciar um programa de melhoramento genético de abelhas híbridos africanizados para aumentar a sua produção. Trabalhou-se inicialmente com 450 colônias com padrões diferentes, com: C1= ninho, C2= ninho e sobreninho e C3= ninho e dois sobre-ninhos e foram obtidos resultados atípicos, com comportamentos produtivos variáveis, no apiário Pradópolis a C1 foi estatisticamente inferior com uma média de 35,52 g/colônia, quase duas vezes menos do que os outros padrões. No apiário Bonfim as C1= 49,16 g/colônia foram superiores (P<0,05) das C2= 37,70 g/colônia e C3= 37,00 g/colônia. Na Fazenda América as C2= 49,95 g/colônias foram estatisticamente superior e do que C1 e C3. Foram seleccionadas as nove melhores colônias que serviram como matrices para o início do programa de seleção. Os resultados obtidos, mostram que poucas colônias produzem própolis no coletor utilizado e o tamanho da população da colonia não influencia na produção de própolis.

Palabras chave: Seleção, própolis, abelhas híbridos africanizados

INTRODUÇÃO

A própolis é um complexo de substâncias resinosas, processada pelas abelhas. Coletada de varias fontes de resinas vegetais (Ghisalberti, 1979) tem uma variada gama de cores que vai desde parda até atingir o preto. As resinas são misturas complexas de terpenos, flavonóides e substâncias gordurosas e sua produção está ligada ao crescimento vegetativo das plantas, que é promovido por um hormônio, a giberelina, que é um terpenóide. Indicando assim que, resinas em grandes quantidades são secretadas pelas plantas durante o crescimento de ápices vegetativos de folhas, caules ou troncos, antes da floração; razão pela qual nem sempre o grão de pólen encontrado na própolis, indica a espécie vegetal visitada para a coleta de resina (Bastos, 1998). A própolis é formada por mais de 150 compostos, destacando-se entre eles os flavonóides, grupo de substâncias ao qual são atribuídas propriedades antibióticas. As abelhas usam a própolis para cobrir buracos, fendas e alvados em épocas frias, também o usam para prevenção do acesso de bactérias e outros microorganismos na colméia, para embalsamar animais mortos e evitar putrefação no interior da colméia e para colar todas as peças móbiles da colméia.

Poucas abelhas coletam própolis. Para coletar a própolis, principalmente durante a época quente, as abelhas mordem e ajudam-se com suas patas e o transferem ao "saco de pólen", nesta manipulação algumas vezes adicionam cera e esta operação pode durar 15-60 minutos (Gojmerac, 1980).

O desgaste das abelhas que produzem própolis é muito alto e elas devem ser alimentadas ou ter muito néctar á disposição, para produzir adequadamente. Em geral as abelhas caucasianas e os híbridos africanizados têm maior capacidade genética para coletar própolis. Segundo Santos et al. (1996), as abelhas africanizadas, apresentam um maior número de forrageamento de coletas de própolis entre 10 e 14 horas, nos horários mais quentes do dia; mencionam ainda que temperaturas abaixo de 210C e acima de 280C parecem inibir este comportamento. Ghisalberti (1979) afirma, que uma colônia forte coleta 150-200 gramas de própolis num ano.

A produção de própolis do Brasil, estima-se em torno de 100 toneladas anuais, desse volume dois terços são destinados á exportação, principalmente ao Japão (Toledo,1997). A maior parte é exportado in natura e uma pequena quantidade como extrato de própolis porém, já se exporta variedade de produtos. Já uma estimação na produção mais apurada por Sampaio (2000) calculou que a produção em 1999 foi cerca de 49 toneladas com faturamento em torno de 2,1 milhões de dólares destinando-se cerca de 75% à exportação.

Em geral, a própolis é coletada mediante raspagem dos alvados, caixilhos, paredes das colméias, porém a própolis obtida desta forma é muito suja e contaminada com madeira, terra e outros materiais, portanto, deve ser purificada antes de sua utilização (Piana, 1993). Embora a maioria da própolis produzida venha de raspagem, hoje também é produzida em tiras ou faixas, devido ao fato que muitos apicultores deixam ás abelhas espaço suficiente para estimular sua produção que facilita sua coleta, tais como as telas coletoras acima da melgueira, o coletor de própolis inteligente (CPI) ou coletores adaptados sob a tampa. Este produto, tem a vantagem que conserva a qualidade, principalmente, o conteúdo de flavonoides com um mínimo de matéria estranha.

Os objetivos do presente trabalho foram: verificar a influência do tamanho da população sobre a produção de própolis e realizar uma seleção das melhores colônias produtoras de própolis, para iniciar um processo de melhoramento genético, que vise aumentar a produtividade de própolis, partindo de uma população silvestre não selecionada nem melhorada.

MATERIALES E MÉTODOS

O experimento foi realizado entre os meses de abril a julho de 1998, em três localidades, em apiários sediados em Pradópolis, no município Pradópolis; Fazenda América no município Luiz Antônio e Usina Bonfim, no município Guariba; distantes de Ribeirão Preto, 42, 54 e 75 km, respectivamente. A cidade de Ribeirão Preto geograficamente está situada 21011' latitude sul e 47013' longitude oeste, com altitude de 600 metros sobre o nível do mar. Possui uma temperatura média anual de 22,50C e uma precipitação de 1.482,1 mm/ano (IAC, 2001) A vegetação predominante na Usina Bonfim é eucalipto (Eucaliptus sp.) e cana de açúcar (Saccharum officinarum); em Pradópolis a vegetação é de cerrado e eucalipto e na Fazenda América, a vegetação fronteiriça predominante é a cana de açúcar. Na vegetação de cerrado predominam: cipó uva (Paullinia carpipoidea), angico (Piptadenia falcata Benth), faveiro (Pterodon apparicioni Pedersoli), mama-cadela (Brosimum gaudichaudii), gabiroba (Campomanesia cambedessiana Berg.), pequi (Caryocar brasiliense Camb.), jatobá (Hymenaea stilbocarpa Mart.) cipó São João (Pyrostegia venusta) e outras em menor abundância de origem antrôpica como: capim-gordura (Melinis minutiflora), carrapicho (Triumpheta semitriloba) e mata-pasto (Hyptis spp.). O clima da região é Cwa, segundo a classificação climática de Koeppen, e caracterizada como tropical chuvoso, com inverno seco e verão quente (Ribeiro e Teles, 1998). Os solos são de cor vermelho-amarelo com textura média e bem drenados, nível de alumínio médio e pH ácido: 4.7-4.9, segundo o sistema brasileiro de classificação de solos, são Latossolo e Oxisols segundo o sistema americano (Reatto et al. 1998).

A população base foi formada inicialmente por 450 colméias da empresa Apis Flora, que estavam distribuídas em 5 apiários, embora foram avaliadas somente 330 pertencentes a três apiários, devido a perdas, pilhagens e roubos. A maioria das colônias provinham de enxames silvestres capturados na região de Luiz Antônio. Todas as colônias tiveram o manejo da empresa, alimentadas com dois litros de xarope de açúcar a cada 15 dias. As colônias diferiam em população e não foi feita nenhuma homogeneização de população, tendo, portanto colméias com diferentes padrões, C1= Ninho; C2= Ninho e sobreninho e C3= Ninho e duas sobrecaixas. No início do experimento, todas as colméias foram identificadas com uma chapa numerada, depois foram feitas quatro coletas de própolis no período abril-julho, tirando-se os coletores de cada colônia em um mesmo dia e substituindo por outro limpo (vazio). A avaliação da produção de própolis foi feita através da pesagem direta da própolis colhida em cada coletor tipo Apis Flora (Foto), o qual se coloca em cima da melgueira ou do sobreninho que impede que a própolis se molhe ou receba diretamente os raios solares, o que pode diminuir a sua qualidade. Este coletor foi utilizado no experimento, devido a sua maior adaptação ao manejo da empresa, a saber: experiência no uso do coletor, visita aos apiários a cada 14 dias e distância dos apiários da empresa. Embora as abelhas estoquem própolis em buracos, fendas, caixilhos e alvados, neste experimento só foi considerado o produzido nos coletores, por ter menos resíduos que o contaminem, elevando seu preço e valor para gerar produtos derivados, além de não enfraquecer nem prejudicar a colônia.

Foto.   Colméia com coletor de própolis tipo Apis Flora

Foto.   Colméia com coletor de própolis tipo Apis Flora

A seleção das melhores 9 colônias ( 94, 100, 130, 212, 221, 279, 336, 340 e 455 ) foi feita baseando-se nos registros de produção de própolis, as quais tiveram uma produtividade de pelo menos 40% superior às outras colônias, durante a temporada de colheita.

Foram feitas as provas não paramêtricas de Kruskal-Wallis e o método de Dunn's para as análises estatísticos, embora os resultados foram de variable quantitativa (gramas), já que os mesmos não tiveram distribuição normal e a variância entre grupo não foram homogéneas, mas sem opção de corrigir (transformar os dados). Uma alternativa era eliminar dados, mas não convém porque o valor zero de várias colônias é importante já que mostra a alta variabilidade neste comportamento produtivo.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A Figura apresenta a produção média dos apiários, onde ressalta o apiário Pradópolis, o qual tem uma produção superior em 56,05% e 96,48% quando comparado com Bonfim e Luiz Antônio. Embora a produção do apiário Pradópolis seja maior, os dados não são comparados estatisticamente, devido ao fato que os experimentos não foram feitos na mesma região e poderia haver uma influencia ambiental. Todavia as diferenças poderiam ser explicadas pelo fato de ter abelhas geneticamente mais produtivas ou a uma melhor vegetação ou uma interação de ambas.

Figura. Produção média de própolis, segundo padrão de colônias nos apiários Bonfim, Fazenda América e Pradópolis, SP, Brasil. De abril a julho de 1998.

Figura. Produção média de própolis, segundo padrão de colônias nos apiários Bonfim, Fazenda América e Pradópolis, SP, Brasil. De abril a julho de 1998.

A produção média de própolis, no apiário Pradópolis onde não foram detectadas diferenças significativas (P= 0,105) entre os diferentes padrões de colônias, mas observou-se uma tendência superior nas C2 e C3. As C1 produziram em média 35,32g/colônia, em torno de duas vezes menor do que as outras. Este comportamento produtivo poderia ser devido a uma maior população de abelhas, que aproveita melhor a oferta de resinas presente no ambiente, já que a percentagem de coletoras de própolis é muito baixa, em cerca de 3% das campeiras.

No apiário Bonfim, as colônias C1 foram estatisticamente superior (P<0,05) às C2 e C3, resultado contrário ao esperado e ao obtido no apiário Pradópolis, dada a menor população de abelhas nestas colônias, o qual poderia sugerir uma maior propensão destas abelhas a coletar própolis.

No apiário Fazenda América foram obtidas diferenças significativas (P= <0,001) entre as médias das colônias com padrões C2 >C1 e C3, onde as primeiras obtiveram uma produção média até 2,69 vezes maior do que os outros padrões, comportamento este irregular, dado que as colônias mais populosas e as menos populosas tiveram uma produtividade estatisticamente similar.

Todos os resultados obtidos mostram um padrão de produção atípico, variando de acordo com a vegetação presente, no qual as colônias com mais abelhas, produzem mais própolis onde existe uma maior diversidade de vegetação (Pradópolis), e onde tem pouca variedade de plantas, as colônias com menos população produzem mais própolis (Bonfim). Estes resultados diferem da maioria das pesquisas feitas comparando tamanho de população e produção de mel, concordando com as pesquisas de Spivak et al. (1989) quem não encontrou correlação entre peso inicial da colônia com a quantidade total de mel, o que indicaria neste caso, a baixa relação entre população e produção de própolis. Tal vez este comportamento atípico de produção de própolis tenha variabilidade genética, onde abelhas com menos população precisam mais própolis para se proteger dos inimigos e colônias mais populosas pode-se defender com mais facilidade, similar ao exemplificado por Hellmich et al. (1985) quem sugere que em áreas com escassez freqüente de pólen, as abelhas mais coletoras de pólen poderiam provavelmente ter mais sucesso do que as pouco coletoras de pólen; e áreas com abundantes fontes de pólen as abelhas menos coletoras poderiam ser mais sucedidas do que as outras colônias.

Os resultados médios obtidos neste trabalho concordam com os relatados no Uruguai por Martínez (1991), quem obteve rendimentos de 50-70 gramas de própolis por colônia, mediante a raspagem da própolis, porém foram baixos se comparados com os obtidos pelo mesmo autor, quando utilizaram telas, com uma produção média entre 102 e 163 gramas por colônia. Ghisalberti (1979)

afirma, que uma colônia forte coleta 150-200 gramas de própolis num ano. Segundo González & Bernal (1997) uma colméia boa pode produzir uma média de 150-200 gramas por ano, sendo ao final de verão e o outono as épocas de maior produção. Gómez (1986) menciona que qualquer colônia forte, indistintamente da raça de abelha e método de coleta, pode produzir em torno de 50-100 gramas de própolis por mês, principalmente, aquelas localizadas em bosque úmido de montanha.

Na Tabela, são apresentados os dados de produção de própolis, das colônias selecionadas na população base dos apiários Bonfim, Pradópolis e Fazenda América para produzirem as matrizes, e onde se observaram médias variando de 158,4 até 179,1 gramas/colônia. As médias dessas colônias selecionadas são altas, quando comparadas com a média de seus apiários de origem. Em Bonfim a média das matrizes selecionadas foi 334,27% às demais colméias; e em Luiz Antônio e Pradópolis foram 286,44% e 181,61% superiores, respectivamente. Nesta seleção a média das matrizes do apiário Pradópolis teve a menor diferença percentual. Embora Cobey & Lawrence (1988) sugiram usar um índice de seleção para ter uma ampla base para selecionar colônias, nos selecionamos aquelas colônias que apresentaram os maiores valores produtividade, devido à ausência de parâmetros qualitativos que possam ajudar nesta seleção por maior produtividade independentemente do tamanho da população.

Enquanto à produção de própolis, no apiário Fazenda América observou-se uma maior concentração (73,04%) das colônias que produziram menos de 40 gramas no período de coleta e só duas produzem entre 160 e 180 gramas. No Pradópolis só uma colônia produziu entre 220-240 gramas e 47,36% produziram menos de 40 gramas. No entanto, em Bonfim 53,79% das colônias produziram menos de 20 gramas e três produziram entre 160 e 180 gramas, durante o experimento.

CONCLUSÕES

  •  tamanho da população não influência a coleta de própolis, já que colônias mais populosas coletaram menos própolis do que colônias menos populosas, independientemente da região.

 

Tabela . Produção de própolis total das colônias selecionadas como matrizes (F0) nos apiários Bonfim, Pradópolis e Fazenda América. De abril a julho de 1998.


Número de Colméias/ Apiários

Produção de própolis (g)


Apiário Bonfim N= 158

39,88±42,77

Matriz 212

214,6

Matriz 221

198,2

Matriz 336

165,0

Matriz 340

138,5

Média

179,1± 34,02


Apiário Pradópolis N= 57

62,92±44,81

Matriz 094

134,7

Matriz 100

238,0

Matriz 279

159,8

Média

177,5 ± 53,88


Apiário Fazenda América N= 115

31,67±28,77

Matriz 130

130,8

Matriz 142

185,9

Média

158,4 ± 38,96


  • Os resultados obtidos mostram que poucas colônias coletam própolis (menos de 50%) no coletor utilizado, o qual poderia sugerir diferenças genéticas, embora todas as colônias fossem de híbridos africanizados.

Selección de abejas africanizadas para producción de propóleo

RESUMEN

Algunas colonias de abejas Apis mellifera producen más propóleos que otras y esta característica pudiera tener control genético. Esta posibilidad fue estudiada en experimentos desarrollados, desde abril a julio de 1998 en tres localidades: apiario en la usina Bonfim, en el municipio Guariba; apiario en Pradópolis, en el municipio Pradópolis y en la Fazenda América, en el municipio Luiz Antonio, todos en el Estado de São Paulo, Brasil. Los objetivos fueron: verificar la influencia del tamaño poblacional sobre la producción de propóleos e iniciar un programa de mejoramiento genético de abejas híbridas africanizadas para aumentar la producción de propóleos. Inicialmente se trabajó con 450 colonias con diferentes tamaños poblacionales: C1= cámara de cría, C2= cámara de cría y un cuerpo estándar y C3= cámara de cría y dos cuerpos estándar. En el apiario Pradópolis no hubo diferencias estadísticas; en Bonfim las C1= 49,16 g/colonia fueron superiores (P<0,05) a las C2= 37,70 g/colonia y las C3= 37,00 g/colonia y en la Fazenda América las C2= 49,95 g/colonia mostraron diferencias significativas a las C1 y C3. Fueron seleccionadas las nueve colonias más productivas, para iniciar el proceso de mejoramiento genético. Los resultados obtenidos bajos las condiciones de estudios, mostraron que pocas colmenas producen propóleos en el colector utilizado y que no hay relación entre el tamaño poblacional de una colmena y la producción de propóleos.

Palabras clave: Selección, propóleos, abejas híbridas africanizadas

Selection of africanized bees for propolis production

SUMMARY

Some colonies of bees, Apis mellifera, collect much more propolis than others. This trait could be under genetic control. We investigated this possibility in several experiments, developed from April of 1998 to July of 1998, in three places: Usina Bonfim apiarian at Guariba town, Pradópolis apiarian at Pradópolis town, and the América Farm apiarian at Luiz Antônio town in São Paulo state, Brazil. The objectives were to: measure the population influence on propolis production, and to begin a genetic breeding program of bees to improve propolis production. We worked with 450 colonies divided into: C1: single story standard Langstroth hive, C2: two story hive, and C3: three story hive. In the Pradópolis apiarian, C1 was significantly lower (P<0,05) with a mean of 35.32 g/colony, two times less than the others. The results in the Bonfim apiarian showed that C1 = 49.16g/colony was superior (P<0,05) than C2 = 37.70 g/colony and C3 = 37.00 g/colony. In the America Farm, C2 = 49.95 g/colony was better than C1 and C2. Nine queens were selected to initiate the selection program. The results obtained under these conditions, showed no direct relationship between high population and propolis production.

Key words: Selection, propolis, africanized honey bees

BIBLIOGRAFÍA

Abreu J. 1996. Comercialização de própolis. Anais do XI Congresso Brasileiro de Apicultura, Teresina, Piauí, pp. 203.

Bastos E. 1998. Grão de pólen e estruturas secretoras de plantas como indicadores de origem botânica do mel e da própolis. Anais do XII Congresso Brasileiro de Apicultura, Salvador, Bahia, pp.71-72.

Cobey S. y T. Lawrence. 1988. Commercial application and practical use of the Page-Laidlaw Closed Population Breeding Program. American Bee Journal, 128: 341-344.

Ghisalberti E. 1979. Propolis : A review. Bee World, 60 (1): 59-84.

Gojmerac W. 1980. Activities and behavior of the colony as an organism. In: Bees, Beekeeping, Honey and Pollination. Eastern Graphics, Inc., Old Saybook, Connecticut, pp. 33-56

Gomez R. 1986. Apicultura Venezolana, manejo de la abeja africanizada. Editorial Edicampa, Caracas, Venezuela. 280 pp.

González A. y R. Bernal. 1997. Propóleos: Un camino hacia la salud. Ed. Pablo de la Torriente, La Habana, Cuba, 132 pp.

. Hellmich R., J. Kulincevic y W. Rothenbuhler. 1985. Selection for high and low pollen-hoarding honey bees. The Journal of Heredity, 76: 155-158

Instituto Agronômico de Campinas (IAC). 2001. Estação Experimental de Ribeirão Preto, Seção de Climatologia Agrícola. Livro de registros.

Martínez N. 1991. Empleo de mallas plásticas para producción y cosecha de propóleos. Industria Apícola, 5:30-35.

Piana L. 1993. Utilización y valorización de los productos de la colmena en cosmética. Memorias de la I Convención Nacional de Apicultura. Mérida, Venezuela. Octubre de 1986. (Ed. Patricia Vit), 128-141 pp.

Reatto A., J. Correia y S. Spera. 1998.Solos do bioma cerrado: aspectos pedológicos. In: Sano S. y Almeida S. (Ed.). Cerrado: ambiente e flora. Planaltina: EMBRAPA-CPAC. 47-86 pp.

Ribeiro J.. y B. Teles. 1998. Fitosionomias do bioma cerrado. In: Sano S. y Almeida S. (Ed.). Cerrado: ambiente e flora. Planaltina: EMBRAPA-CPAC. 89-166 pp.

Sampaio I. 2000. Comércio nacional de produtos apícolas. Anais do XIII Congresso Brasileiro de Apicultura. Florianópolis, Santa Catarina, CD-ROM.

Santos M. Dos, D. Message y C. Cruz. 1996. Influência dos fatores climáticos na coleta de própolis em abelhas africanizadas Apis mellifera L. Anais do XI Congresso Brasileiro de Apicultura, Teresina, Piauí, p. 372.

Spivak M., S. Batra, F. Segreda, A. Castro y W. Ramírez. 1989. Honey production by Africanized and European honey bees in Costa Rica. Apidologie, 20:207-220.

Toledo J. 1997. Extrato saudável. Globo Rural. Junho de 1997. 34-38.


^

Zootecnia Tropical > Sumario de la Colección > Volumen 20